A Revolução Francesa foi consequência direta das ideias do
Iluminismo, escritas pelos pensadores dos séculos XVII e XVIII, tais como John
Locke, Montesquieu, Voltaire, Diderot, D'Holbach, D'Alembert, Rousseau,
Condorcet e o filósofo Emanuel Kant, que, em geral, asseguravam que o homem era
vocacionado ao progresso e ao auto-aperfeiçoamento ético. Para eles a ordem
social não é divina, e sim construída pelos próprios homens, sendo assim,
sujeita a modificações, e a alterações substanciais. Era possível, portanto,
segundo a maioria dos iluministas, por meio de um conjunto de reformas
sociopolíticas, melhorar a situação jurídica e material de todos. O poder
político, além de emanar do povo e em seu nome exercido, deveria, seguindo a
sugestão de Locke e reafirmada por Montesquieu, ser submetido a uma divisão
harmônica, para evitar a tentação do despotismo. Cada um desses poderes - o
executivo, o legislativo e o judiciário - é autônomo e respeitador da
independência dos demais. As prerrogativas individuais, em grande parte
extraídas dos direitos naturais, não só devem ser respeitadas pelos governantes
como garantidas por eles. E foram todos esses pensamentos e ideais iluministas
que agitaram a França no século XVIII, levando à Revolução Francesa.
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