- A economia da França era uma das mais fortes do mundo, no final do século 18, quando a Revolução Francesa aconteceu. O país movimentava cifras equivalentes a 1 bilhão de libras no comércio exterior, o que colocava a França atrás apenas da Inglaterra e da Espanha.
- Antes da revolução, 97% da população fazia parte do chamado Terceiro Estado, formado por camponeses, pequenos proprietários de terras e burguesia, entre outros. Eles arcavam com toda a carga tributária do país.
- Em 1789, o rei francês Luis XVI convoca uma Assembleia dos Estados Gerais. Nela, cada Estado tinha direito a um voto, garantindo o domínio da nobreza e do clero. Cansado dessa situação e vendo que a aristocracia estava abalada por uma crise econômica que abalava o país, O terceiro Estado se rebela e proclama a Assembleia Nacional Constituinte, propondo a elaboração de uma nova Constituição. O povo decide se unir ao movimento e em 14 de julho uma multidão toma a Bastilha, uma prisão que era símbolo do absolutismo francês. Este episódio é o marco do início da revolução. Grande parte da nobreza foge do país e os revolucionários avançam para o interior do país, atacando os castelos.
- Durante a Revolução Francesa foi elaborado o primeiro documento sobre os direitos humanos no mundo. Era a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
- Dois anos depois da queda da Bastilha, a Assembleia Nacional Constituinte deu lugar à Assembleia Legislativa, majoritariamente composta por moderados (os famosos girondinos, representantes da alta burguesia). Sem considerar o desejo do povo por trabalho e comida, os girondinos forçaram o país a entrar em guerra contra a Áustria e a Prússia.
- Áustria e Prússia invadem a França em 1792, apoiados pela nobreza refugiada e pelo próprio rei Luis XVI, que sonhava em voltar ao poder. Nesse meio tempo, os jacobinos, liderados por Robespierre, Jean Paul Marat e Danton, aprovam as propostas de extinção da monarquia, a prisão do rei e implantação da República. A pressão popular fez com que se formasse uma nova Assembleia para preparar outra Constituição. Foi formada a Convenção, que fortaleceu os jacobinos. A República foi proclamada, em 20 de setembro de 1792. No ano seguinte, o rei Luis XVI é guilhotinado.
- Robespierre passou a ser o líder da revolução. Nessa época, vários opositores do governo foram guilhotinados. Só que o sistema de execução em série de opositores levou, é claro, a novamente deixar o povo insatisfeito. Foi assim que, em 1794, os deputados da Convenção se rebelaram e o próprio Robespierre foi condenado à morte.
- Foi nessa época que o General Napoleão Bonaparte começou sua escalada ao poder. Famoso no país por conta das vitórias militares, ele foi enviado pela Convenção Nacional para uma campanha militar no Egito. Só que o ato da Convenção, motivado por medo da popularidade de Napoleão, deu errado. Ele voltou ao país e deu um golpe de estado, conhecido como 18 de Brumário.
- Napoleão estabeleceu a paz com a Áustria, organizou as finanças do país e criou o Banco Francês. Durante seu foi promulgado o primeiro Código Civil da história, conhecido como código napoleônico.
- Napoleão já tinha conquistado boa parte da Europa quando tentou invadir a Rússia. Derrotado, o general foi exilado em 1814. Mas ele ainda conseguiu voltar ao poder Francês, quando sofreu sua última derrota, em 1815, na Batalha de Waterloo.
- Após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo, o general também foi derrotado politicamente por uma coalização de potências europeias, em 1815. No mesmo ano, esses representantes se reuniram no Congresso de Viena para redefinir o mapa político da Europa e do mundo. O território francês, conquistado por Napoleão, foi redistribuído. Também foi organizada a Santa Aliança, com o objetivo de manter a França sob vigilância, deter novos movimentos revolucionários, abafar manifestações separatistas e garantir o equilíbrio do poder estabelecido entre as potências europeias. Apear das medidas, a partir de 1830, com as Revoluções Liberais, que começaram na França e se espalharam pela Europa, o Estado burguês concretizado por Napoleão foi reerguido, comprovando que as mudanças trazidas pela Revolução Francesa tinham vindo pra ficar.
Blog acadêmico da 8ª série, turma H. Produzido para a disciplina História do Colégio Antônio Vieira. Ana Carolina Mattos, Daniella Teixeira, Júlia Valverde, Kaique Oliveira e Victoria Mendonça.
sábado, 30 de agosto de 2014
11 Fatos sobre a Revolução Francesa que você precisa saber
sábado, 16 de agosto de 2014
Resumo
A Revolução Francesa foi consequência direta das ideias do
Iluminismo, escritas pelos pensadores dos séculos XVII e XVIII, tais como John
Locke, Montesquieu, Voltaire, Diderot, D'Holbach, D'Alembert, Rousseau,
Condorcet e o filósofo Emanuel Kant, que, em geral, asseguravam que o homem era
vocacionado ao progresso e ao auto-aperfeiçoamento ético. Para eles a ordem
social não é divina, e sim construída pelos próprios homens, sendo assim,
sujeita a modificações, e a alterações substanciais. Era possível, portanto,
segundo a maioria dos iluministas, por meio de um conjunto de reformas
sociopolíticas, melhorar a situação jurídica e material de todos. O poder
político, além de emanar do povo e em seu nome exercido, deveria, seguindo a
sugestão de Locke e reafirmada por Montesquieu, ser submetido a uma divisão
harmônica, para evitar a tentação do despotismo. Cada um desses poderes - o
executivo, o legislativo e o judiciário - é autônomo e respeitador da
independência dos demais. As prerrogativas individuais, em grande parte
extraídas dos direitos naturais, não só devem ser respeitadas pelos governantes
como garantidas por eles. E foram todos esses pensamentos e ideais iluministas
que agitaram a França no século XVIII, levando à Revolução Francesa.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Indicação de sítios relacionados com a influência do Iluminismo na Revolução Francesa
- http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/como-entender-melhor-a
- http://www.historiaemperspectiva.com/2012/04/o-iluminismo-base-teorica-da-revolucao.html
- http://josedocarmo.blogspot.com.br/2010/04/iluminismo-revolucao-francesa.html
- http://revolucaofrancesasecxviii.blogspot.com.br/2010/10/o-iluminismo-e-revolucao-francesa.html
Quadrinho falando sobre o
Iluminismo e seus teóricos.
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Quadrinho representando a Marcha
sobre Versalhes.
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Fonte:
Revolta do povo, utilizando os
princípios iluministas.
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Pirâmide ilustrativa da organização
social da França pré-revolucionária.
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Iluminismo e Revolução Francesa
Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o
domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os
filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar
as trevas em que se encontrava a sociedade.
Os ideais iluministas
Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o
pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças
religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O
homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que,
até então, eram justificadas somente pela fé.
Século das Luzes
O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e,
este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais
intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através
de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em
outros movimentos sociais como na independência das colônias
inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira,
ocorrida no Brasil.
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom,
porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam
que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a
todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as
imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários
ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do
dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua
forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava
na França, e, nesta
forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de
impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo
interferia ainda nas questões econômicas.
No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte
forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a
burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os
burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus
negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados
não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as
práticas mercantilistas que
impediam a expansão comercial para a classe burguesa.
Principais filósofos iluministas
Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704),
ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através
do empirismo; Voltaire (1694-1778),
ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância
religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado
democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755),
ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo,
Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert
(1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e
pensamentos filosóficos da época.
Fonte:
O ILUMINISMO: A base teórica para a Revolução Francesa (Século XVIII)
*O pensamento de John Locke: Precursor do iluminismo na
Inglaterra, era contra a concentração de poder nas mãos do Rei. Foi autor da
teoria dos “Direitos Naturais do Homem”, que defende a idéia de que nascemos
com direitos naturais e inalienáveis. A liberdade de expressões e sentimentos,
a igualdade perante a lei e o direito a propriedade privada da terra são
direitos que nascem conosco e devem ser garantidos pelo Estado, sem esses
direitos o povo deve se revoltar e derrubar o modelo político existente.
*O pensamento de Jean Marie Arouet (Voltaire): Esse
filósofo francês foi profundamente influenciado pelas idéias de Locke. Era um
crítico severo da Igreja Católica, que segundo ele era um centro de
superstições e irracionalidades. Seu pensamento colocava a RAZÃO como o único
meio dos homens viverem harmonicamente iguais perante a justiça, no mundo onde
a fraternidade seria alcançada.
*O pensamento do Barão de Secondat (Montesquieu): Esse
filósofo foi o responsável pela elaboração da teoria da divisão dos três
poderes em: LEGISLATIVO (cargo responsável pela elaboração das leis),
JUDICIÁRIO (cargo responsável em julgar essas leis) e EXECUTIVO (cargo
responsável em executar as mesmas). Com essa teoria ele aperfeiçoou o sistema
democrático. Era um grande crítico da concentração de poder nas mãos de uma
única pessoa (Rei), por isso era a favor da divisão do poder em três
instâncias.
*O pensamento de Jean Jacques (Rousseau): Um dos
principais críticos do poder absoluto, escreveu um livro chamado “O contrato
Social”, onde decreta que a DEMOCRACIA seria a única maneira de convivência entre
os homens, ou seja, o POVO deveria ser o único soberano da Nação. Seu
pensamento serviu de base teórica para a revolução Francesa, a Independência
dos Estados Unidos da América e até a Inconfidência Mineira no Brasil.
Fonte:
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Contexto Histórico da França no século XVIII
A situação da França no
século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos
trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os
impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter
os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta
época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a
justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de
democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na
forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política
da monarquia) ou condenados à morte.
|
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No
topo da pirâmide social, estava o clero que
também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo
rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de
banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo
terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já
dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de
altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam
em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de
extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de
trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma
participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade,
Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do
terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia
Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento
trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos
cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre,
Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas
recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo.
Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados
a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas
desta época.
A burguesia no poder
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
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