sábado, 30 de agosto de 2014

11 Fatos sobre a Revolução Francesa que você precisa saber


  • A economia da França era uma das mais fortes do mundo, no final do século 18, quando a Revolução Francesa aconteceu. O país movimentava cifras equivalentes a 1 bilhão de libras no comércio exterior, o que colocava a França atrás apenas da Inglaterra e da Espanha.
  • Antes da revolução, 97% da população fazia parte do chamado Terceiro Estado, formado por camponeses, pequenos proprietários de terras e burguesia, entre outros. Eles arcavam com toda a carga tributária do país.
  • Em 1789, o rei francês Luis XVI convoca uma Assembleia dos Estados Gerais. Nela, cada Estado tinha direito a um voto, garantindo o domínio da nobreza e do clero. Cansado dessa situação e vendo que a aristocracia estava abalada por uma crise econômica que abalava o país, O terceiro Estado se rebela e proclama a Assembleia Nacional Constituinte, propondo a elaboração de uma nova Constituição. O povo decide se unir ao movimento e em 14 de julho uma multidão toma a Bastilha, uma prisão que era símbolo do absolutismo francês. Este episódio é o marco do início da revolução. Grande parte da nobreza foge do país e os revolucionários avançam para o interior do país, atacando os castelos.
  • Durante a Revolução Francesa foi elaborado o primeiro documento sobre os direitos humanos no mundo. Era a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
  • Dois anos depois da queda da Bastilha, a Assembleia Nacional Constituinte deu lugar à Assembleia Legislativa, majoritariamente composta por moderados (os famosos girondinos, representantes da alta burguesia). Sem considerar o desejo do povo por trabalho e comida, os girondinos forçaram o país a entrar em guerra contra a Áustria e a Prússia.
  • Áustria e Prússia invadem a França em 1792, apoiados pela nobreza refugiada e pelo próprio rei Luis XVI, que sonhava em voltar ao poder. Nesse meio tempo, os jacobinos, liderados por Robespierre, Jean Paul Marat e Danton, aprovam as propostas de extinção da monarquia, a prisão do rei e implantação da República. A pressão popular fez com que se formasse uma nova Assembleia para preparar outra Constituição. Foi formada a Convenção, que fortaleceu os jacobinos. A República foi proclamada, em 20 de setembro de 1792. No ano seguinte, o rei Luis XVI é guilhotinado.
  • Robespierre passou a ser o líder da revolução. Nessa época, vários opositores do governo foram guilhotinados. Só que o sistema de execução em série de opositores levou, é claro, a novamente deixar o povo insatisfeito. Foi assim que, em 1794, os deputados da Convenção se rebelaram e o próprio Robespierre foi condenado à morte.
  • Foi nessa época que o General Napoleão Bonaparte começou sua escalada ao poder. Famoso no país por conta das vitórias militares, ele foi enviado pela Convenção Nacional para uma campanha militar no Egito. Só que o ato da Convenção, motivado por medo da popularidade de Napoleão, deu errado. Ele voltou ao país e deu um golpe de estado, conhecido como 18 de Brumário.
  • Napoleão estabeleceu a paz com a Áustria, organizou as finanças do país e criou o Banco Francês. Durante seu foi promulgado o primeiro Código Civil da história, conhecido como código napoleônico.
  • Napoleão já tinha conquistado boa parte da Europa quando tentou invadir a Rússia. Derrotado, o general foi exilado em 1814. Mas ele ainda conseguiu voltar ao poder Francês, quando sofreu sua última derrota, em 1815, na Batalha de Waterloo.
  • Após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo, o general também foi derrotado politicamente por uma coalização de potências europeias, em 1815. No mesmo ano, esses representantes se reuniram no Congresso de Viena para redefinir o mapa político da Europa e do mundo. O território francês, conquistado por Napoleão, foi redistribuído. Também foi organizada a Santa Aliança, com o objetivo de manter a França sob vigilância, deter novos movimentos revolucionários, abafar manifestações separatistas e garantir o equilíbrio do poder estabelecido entre as potências europeias. Apear das medidas, a partir de 1830, com as Revoluções Liberais, que começaram na França e se espalharam pela Europa, o Estado burguês concretizado por Napoleão foi reerguido, comprovando que as mudanças trazidas pela Revolução Francesa tinham vindo pra ficar.
Fonte : http://guiadoestudante.abril.com.br/fotos/11-fatos-revolucao-francesa-voce-precisa-saber-749410.shtml#11

sábado, 16 de agosto de 2014

Resumo

A Revolução Francesa foi consequência direta das ideias do Iluminismo, escritas pelos pensadores dos séculos XVII e XVIII, tais como John Locke, Montesquieu, Voltaire, Diderot, D'Holbach, D'Alembert, Rousseau, Condorcet e o filósofo Emanuel Kant, que, em geral, asseguravam que o homem era vocacionado ao progresso e ao auto-aperfeiçoamento ético. Para eles a ordem social não é divina, e sim construída pelos próprios homens, sendo assim, sujeita a modificações, e a alterações substanciais. Era possível, portanto, segundo a maioria dos iluministas, por meio de um conjunto de reformas sociopolíticas, melhorar a situação jurídica e material de todos. O poder político, além de emanar do povo e em seu nome exercido, deveria, seguindo a sugestão de Locke e reafirmada por Montesquieu, ser submetido a uma divisão harmônica, para evitar a tentação do despotismo. Cada um desses poderes - o executivo, o legislativo e o judiciário - é autônomo e respeitador da independência dos demais. As prerrogativas individuais, em grande parte extraídas dos direitos naturais, não só devem ser respeitadas pelos governantes como garantidas por eles. E foram todos esses pensamentos e ideais iluministas que agitaram a França no século XVIII, levando à Revolução Francesa.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Indicação de sítios relacionados com a influência do Iluminismo na Revolução Francesa


Quadrinho falando sobre o Iluminismo e seus teóricos.
Fonte:

Quadrinho representando a Marcha sobre Versalhes. 
Fonte:

Revolta do povo, utilizando os princípios iluministas. 
Fonte:

Festa na atual França comemorando a Tomada da Bastilha.
Fonte:

Filósofos iluministas.
Fonte:

Quadrinho falando sobre a Tomada da Bastilha em 1789.
Fonte:

Pirâmide ilustrativa da organização social da França pré-revolucionária.
Fonte:

Iluminismo e Revolução Francesa

Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.

Os ideais iluministas 

Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. 

Século das Luzes

O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. 
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas. 
No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa. 

Principais filósofos iluministas 


Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

Fonte:


O ILUMINISMO: A base teórica para a Revolução Francesa (Século XVIII)

*O pensamento de John Locke: Precursor do iluminismo na Inglaterra, era contra a concentração de poder nas mãos do Rei. Foi autor da teoria dos “Direitos Naturais do Homem”, que defende a idéia de que nascemos com direitos naturais e inalienáveis. A liberdade de expressões e sentimentos, a igualdade perante a lei e o direito a propriedade privada da terra são direitos que nascem conosco e devem ser garantidos pelo Estado, sem esses direitos o povo deve se revoltar e derrubar o modelo político existente.

*O pensamento de Jean Marie Arouet (Voltaire): Esse filósofo francês foi profundamente influenciado pelas idéias de Locke. Era um crítico severo da Igreja Católica, que segundo ele era um centro de superstições e irracionalidades. Seu pensamento colocava a RAZÃO como o único meio dos homens viverem harmonicamente iguais perante a justiça, no mundo onde a fraternidade seria alcançada.

*O pensamento do Barão de Secondat (Montesquieu): Esse filósofo foi o responsável pela elaboração da teoria da divisão dos três poderes em: LEGISLATIVO (cargo responsável pela elaboração das leis), JUDICIÁRIO (cargo responsável em julgar essas leis) e EXECUTIVO (cargo responsável em executar as mesmas). Com essa teoria ele aperfeiçoou o sistema democrático. Era um grande crítico da concentração de poder nas mãos de uma única pessoa (Rei), por isso era a favor da divisão do poder em três instâncias.

*O pensamento de Jean Jacques (Rousseau): Um dos principais críticos do poder absoluto, escreveu um livro chamado “O contrato Social”, onde decreta que a DEMOCRACIA seria a única maneira de convivência entre os homens, ou seja, o POVO deveria ser o único soberano da Nação. Seu pensamento serviu de base teórica para a revolução Francesa, a Independência dos Estados Unidos da América e até a Inconfidência Mineira no Brasil.

Fonte: